02 novembro 2009

13 julho 2009

AS MENINAS

As alunas da 3ª série da professora Marli Florentin e o poema AS MENINAS:
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18 junho 2009

O ron-ron do gatinho

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O gato é uma maquininha
que a natureza inventou;
tem pelo, bigode, unhas
e dentro tem um motor.
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Mas um motor diferente
desses que tem nos bonecos
porque o motor do gato
não é um motor elétrico .
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É um motor afetivo
que bate em seu coração
por isso ele faz ron-ron
para mostrar gratidão.
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No passado se dizia
que esse ron-ron tão doce
era causa de alergia
pra quem sofria de tosse.
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Tudo bobagem, despeito,
calúnias contra o bichinho:
esse ron-ron em seu peito
não é doença é carinho.
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Ferreira Gullar
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05 junho 2009

O menino poeta


O MENINO POETA
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O menino poeta não sei onde está
procuro daqui, procuro de lá
tem olhos azuis ou tem olhos negros?
Parece Jesus ou índio guerreiro?
Ai! que esse menino será, não será?
procuro daqui procuro de lá.
O menino poeta quero ver de perto.
Quero ver de perto para me ensinar
as bonitas coisas do céu e do mar.
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(Henriqueta Lisboa)
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27 maio 2009

Prêmios BLiBie !

concorrendo a dois Prêmios BLiBiE.
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“Os Prémios BLiBiE pretendem divulgar e incentivar a utilização da
importante ferramenta que é um blogue na área da Promoção da Leitura
e na Educação.
O processo de atribuição de prémios pretende ajudar a aumentar a
importância dos blogues no campo da leitura e da educação e ajudar a
tornar esse excelente trabalho conhecido pela população em geral, bem
como servir de mote de inspiração para o que é possível fazer com
o poder da Blogosfera.”
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Você poderá votar nas duas categorias :
1. Melhor blog feito por um professor
2. Melhor blog de livros

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Para votar, clique
AQUI !
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Obrigada por participar.
Grande abraço!
Com carinho,
.Leonor Cordeiro

23 maio 2009

A foca

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A foca
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Quer ver a foca
Ficar feliz?
É por uma bola
No seu nariz.
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Quer ver a foca
Bater palminha?
É dar a ela
Uma sardinha.
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Quer ver a foca
Fazer uma briga?
É espetar ela
Bem na barriga!
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Vinicius de Moraes
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21 maio 2009

15 maio 2009

Exclamações

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EXCLAMAÇÕES
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-Eta mundo ! - falou o seu Raimundo.
-Eta mundinho! - falou o seu Dinho.
-Eta mundão! - falou o seu João.
-Eta mundeco! - falou o seu Maneco.
-Eta mundaréu - falou o seu Léo.
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(Elias José. Um jeito bem de brincar. Editora FTD. p.20)
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05 maio 2009

A um passarinho


Para que vieste
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis.
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Deixa-te de histórias
Some-te daqui!
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Vinícius de Moraes
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26 abril 2009

Querido Mateus

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Querido Mateus
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Palavras que amamos tanto, há muitos anos, dormem em dicionário. Hoje tirei do sono três palavras para dar de presente a você: Livre, Terra e Irmão.
Quando escritas, lê-se poesia; se faladas, são melodia; somadas, fazem novo dia.
Com saudades, despede a
Ana
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Correspondência
Bartolomeu Campos Queirós
Editora Miguilim
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As borboletas

AS BORBOLETAS

.Brancas
Azuis
Amarelas
E pretas
Brincam
Na luz
As belas
Borboletas
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Borboletas brancas
São alegres e francas.
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Borboletas azuis
Gostam muito de luz.
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As amarelinhas
São tão bonitinhas!
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E as pretas, então . . .
Oh, que escuridão!

. Vinicius de Moraes
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19 abril 2009

19 de abril : Dia do Índio !

Você sabia que toda criança fala tupi-guarani mesmo sem saber ?
Ouça essa linda música da Anna Ly :
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CANÇÃO DA INDIAZINHA
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NA, na,
mas porque chora essa menina?
Pela flor do maracujá.

Mas, se eu lhe der uma conchinha,
a menina se calará?
Aána, aáni na na.

Na, na,
se eu lhe der a asa da andorinha,
a cantiga do sabiá?
Aáni, aáni, na na

Na, na,
nada disse: que esta menina
quer a flor do maracujá.

Na, na.
E ela a quer apanhar sozinha !
E chora que chora a menina
pela flor do maracujá.
Na na.

Cecília Meireles

Obra Poética da Editora Nova Aguilar
Você vai encontrar esse poema na página 738

18 abril 2009

18 de abril: Dia do Livro Infantil !

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"Ah! Tu, livro despretensioso, que, na sombra de uma prateleira, uma criança livremente descobriu, pelo qual se encantou, e, sem figuras, sem extravagâncias, esqueceu as horas, os companheiros, a merenda... tu, sim, és um livro infantil, e o teu prestígio será, na verdade, imortal."
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Cecília Meireles
Problemas da Literatura Infantil - Editora Nova Fontreira, p.31

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13 abril 2009

Convite especial !

( clique F5 para ver o aviãozinho)
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No dia 24 de abril "O MUNDO ENCANTADO DE CECÍLIA MEIRELES"
estará fazendo 3 aninhos .
O nosso avião maluquinho já começou a percorrer a blogosfera
chamando todo mundo para a festa.
Clique aqui e participe das comemorações !
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09 abril 2009

No meio do caminho


No meio do caminho tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

tinha uma pedra

no meio do caminho tinha uma pedra.

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Nunca me esquecerei desse acontecimento

na vida de minhas retinas tão fatigadas.

Nunca me esquecerei que no meio do caminho

tinha uma pedra

tinha uma pedra no meio do caminho

no meio do caminho tinha uma pedra.

Carlos Drummond de Andrade

Brinque um pouquinho com os versos de Drummond:

06 abril 2009

02 abril 2009

Arco-íris


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Arco-íris
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Arco-íris no céu.
Está sorrindo o menino
Que há pouco chorou.
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Helena Kolody
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03 março 2009

Sobre os livros...

Gustave Courbet
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"(...) em pequeno, eu costumava maravilhar-me com o fato de que as letras de um livro fechado não se misturassem e se perdessem no decorrer da noite".
Jorge Luis Borges
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02 março 2009

Desafio orquestral

Pintura de Li Yun
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Desafio orquestral
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Versos que eu faço
São sem espinhos:
Para crianças
E passarinhos.
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Destes persigo
A competência,
Quero daquelas
Graça e indulgência.
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Que perto deles
Logo te ancores:
Não são proibidos
Para maiores...
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Que neles haja
Sabor de cantos
E em todos cause
Prazer e encantos.
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Que eu faço versos
Mas sem espinhos,
Com partituras
Pros passarinhos...
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Antonio Lázaro de Almeida Prado
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28 fevereiro 2009

PORQUINHO-DA-ÍNDIA

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Quando eu tinha seis anos
Ganhei um porquinho-da-índia.
Que dor de coração me dava
Porque o bichinho só queria estar debaixo do fogão!
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Levava ele pra sala
Pra os lugares mais bonitos, mais limpinhos,
Ele não gostava:Queria era estar debaixo do fogão.
Não fazia caso nenhum das minhas ternurinhas...
- O meu porquinho-da-índia foi a minha primeira namorada.
..
Manuel Bandeira
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25 fevereiro 2009

Na escada


Clique e ouça a poesia :










Get a Voki now!
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NA ESCADA
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Quem o vê tão sossegado,
Pensa logo: - “É quase certo
Estar fazendo algo errado,
Pois não há ninguém por perto .
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Entretanto, não se assustem;
Podem crer, não houve nada;
O menino está quietinho,
Sentado em meio da escada.
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Nem em cima, nem embaixo
- como podem constatar –
Há um degrau , um sómente ,
Que ele escolhe pra sentar.
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Fica ali horas, sonhando;
É soldado, é marinheiro ...
Pra ele, aquele degrau
Representa o mundo inteiro .
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Por isso, vamos deixá-lo ,
Que não venha a despertar;
Saímos, pé ante pé ...
- é tão gostoso sonhar !...
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Maria de Lourdes Figueiredo
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24 fevereiro 2009

Cadê o dono?


CADÊ O DONO?
Para Pedro Henrique, com carinho.
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De quem é o sino?
É da mimosa
- Vaca charmosa.
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E a coleira?
É do radar
- Cão de guarda espetacular.
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E o carrinho?
É do João
- Amigo-irmão.
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E a boneca assanhada?
É da Maria
- Menina-alegria.
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E o chapéu?
É do valente cowboy
- Meu herói.
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E o avental?
É da sublime poesia
- Meu anjo-guia.
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E o amor?
É chocolate quente
Aquece o coração de toda a gente.
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22 fevereiro 2009

Reforma ortográfica ...

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(clique para ampliar)


(Campanha do Grupo RBS)

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19 fevereiro 2009

Canção de Leonoreta


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CANÇÃO DE LEONORETA

Borboleta, borboleta
flor do ar,
onde vais, que me não levas?
Onde vais tu, Leonoreta?
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Vou ao rio e tenho pressa!
Não te ponhas no caminho.
Vou ver o jacarandá,
Que deve estar florido.
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Leonoreta, Leonoreta
Que não me levas contigo...
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Eugénio de Andrade
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17 fevereiro 2009

Raridade

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RARIDADE
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A arara
é uma ave rara
pois o homem não pára
de ir ao mato caçá-la
para a pôr na sala
em cima de um poleiro
onde ela fica o dia inteiro
fazendo escarcéu
porque já não pode voar pelo céu.
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E se o homem não pára
de caçar arara,
hoje uma ave rara,
ou a arara some
ou então muda seu nome
para arrara.
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José Paulo Paes
(Olha o bicho)

14 fevereiro 2009

Sementeira de tulipas

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Querido Helano,
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Hoje eu comprei sementes de girassol. Há isso de extraordinário no mundo. Quando alguém se sente só ou com saudade de outrém pode comprar sementes de girassol para vê-lo crescer. Pode até fazer uma sementeira de tulipas. Neste caso, é preciso aguar todos os dias, com a ponta dos dedos, deixando cair uma ou duas gotas, apenas. Já as coisas abrutalhadas, máquinas, tratores ou edifícios, deixo aos outros, cuidarem. Também elas precisam de carícias: não vê o homem pendurado nas vidraças com um pano molhado? Não vê a máquina acarinhando a outra com a lixa? Há muitas formas de cuidar. E, felizmente, o delicado e o bruto na esfera do mundo. Se me ocupo da semente é porque escuto o seu silêncio. O silêncio com que ela abraça, tão brandamente, o seu grãozinho de terra.

11 fevereiro 2009

Convite

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CONVITE
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Poesia
é brincar com as palavras
como se brinca
com bola, papagaio, pião.
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Só que
bola, papagaio, pião
de tanto brincar
se gastam.
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As palavras não:
Quanto mais se brinca
com elas,
mais novas ficam.
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Como a água do rio
que é água sempre nova.
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Como cada dia
que é sempre um novo dia.
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Vamos brincar de poesia?
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José Paulo Paes
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Ilustração: Jessie Willcox Smith
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10 fevereiro 2009

09 fevereiro 2009

(sobre a árvore...)

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Ó árvore, alguém pensou
na tua imensa alegria
quando enfim rompeste a crosta
e a alcançaste a luz do dia?
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Fernanda de Castro
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Dor de dente



Tô com dor de dente,
dor de dente,
dor dente.
.
Como dói o dente,
dói o dente,
dói o dente.
.
Falar com a mamãe?
Jamais!
O dentista dói muito mais!
.
Pedro Bandeira

(Cavalgando o arco-íris )

07 fevereiro 2009

Ler

.
Ler
.
. A cabeça
de quem lê pouco
fica oca.
.
Pra disfarçar
não adianta
usar boné
usar touca.
.
Dá um croque nela
sai um som de panela
sai barulho de porongo.
.
Da cabeça
de quem nada lê
sai um estrondo.
Buuuuuummmmmm!
.
.

04 fevereiro 2009

(Palavra que voa)

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Há palavras
feitas p'ra voar
num céu de Maio.
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Leves palavras
ao colo do vento,
construídas como o papel
colorido
dos teus sonhos.
.
Tomas uma e soltas o fio
que a prende
à tua mão.
.
E a palavra
ganha asas,
eleva-se no ar
com o seu longo
ditongo
voador.
.
Até encontrar,
no mais alto
de ti mesmo,
um lugar
imenso
para morar.
.
João Pedro Mésseder
in
Palavra que voa, com ilustração de Gémeo Luís

03 fevereiro 2009

Não tem quem aguente


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NÃO TEM QUEM AGUENTE
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Tem certas dores
que dão de repente
não tem quem aguente.
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Dor de barriga
é a acrobata lombriga
dançando escondida?
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Dor de ouvido
é o travesso mosquito
zanzando, zunindo?
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Dor de dente
é o teimoso pica-pau
tamborilando na gente?
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Dor de cabeça
é a sábia suindara
rasgando mortalha?
.
Dor de garganta
é a aranha arteira
tramando sua teia?
.
Pra dor sarar
que tal um beijinho
e muito carinho?
.

Lou Vilela

Também Maria

. .

.


Também Maria.].

Enquanto a noite desce
em uma balsa lenta,
eu abro o embrulho
azul de seda.

. Dois chocolates presos
em um laço de fita,
tirado do cabelo da
menina: Aparecida.
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Foi ela que me trouxe,
depois de tarde aflita,
quando soube que a
lua em mim habita.
.
E que também sou:
Maria..

Marcelo Novaes
Encontrei esse poema no blog "O lugar que importa".

25 janeiro 2009

Que saudade....


Ainda estou viajando...
Volto em fevereiro.
Mil beijinhos!!!!