. . -Fiz hoje na escola uma composição do Dia da Bandeira tão bonita, mas tão bonita... pois até usei palavras que eu não sei bem o que querem dizer. . Clarice Lispector (Do livro - Para não esquecer) . .
. . - Mamãe, vi um filhote de furacão, mas tão filhotinho ainda, tão pequeno ainda, que só fazia mesmo era rodar bem de leve umas três folhinhas na esquina... . Clarice Lispector (Do livro: PARA NÃO PENSAR ) .
Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras À sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjais! . Como são belos os dias Do despontar da existência! — Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar é — lago sereno, O céu — um manto azulado, O mundo — um sonho dourado, A vida — um hino d'amor! . Que aurora, que sol, que vida, Que noites de melodia Naquela doce alegria, Naquele ingênuo folgar! O céu bordado d'estrelas, A terra de aromas cheia As ondas beijando a areia E a lua beijando o mar! . Oh! dias da minha infância! Oh! meu céu de primavera! Que doce a vida não era Nessa risonha manhã! Em vez das mágoas de agora, Eu tinha nessas delícias De minha mãe as carícias E beijos de minhã irmã! . Livre filho das montanhas, Eu ia bem satisfeito, Da camisa aberta o peito, — Pés descalços, braços nus —Correndo pelas campinas A roda das cachoeiras, Atrás das asas ligeiras Das borboletas azuis! . Naqueles tempos ditosos Ia colher as pitangas, Trepava a tirar as mangas, Brincava à beira do mar; Rezava às Ave-Marias, Achava o céu sempre lindo. Adormecia sorrindo E despertava a cantar!
. ................................
. Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! — Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras A sombra das bananeiras Debaixo dos laranjais! . Casimiro de Abreu .
Eu sou feita de madeira Madeira, matéria morta Mas não há coisa no mundo Mais viva do que uma porta. . Eu abro devagarinho Prá passar o menininho Eu abro bem com cuidado Prá passar o namorado Eu abro bem prazenteira Prá passara cozinheira Eu abro de sopetão Prá passar o capitão. . Só não abro pra essa gente Que diz (a mim bem me importa) Que se uma pessoa é burra É burra como uma porta. . Eu sou muito inteligente! Eu fecho a frente da casa Fecho a frente do quartel Fecho tudo nesse mundo Só vivo aberta no céu. . Vinícius de Morais (A arca de Noé. São Paulo: Companhia das Letras, 1991, p. 26)
Tenho um blog que apresenta Cecília Meireles para as crianças. Nessa semana ele alcançou o número de 500000 visitas. Clique AQUIpara conhecer o blog e participar dessa festa .
Querida criança Eu nasci numa pequena cidade do interior de São Paulo chamada Pacaembu. Na minha infância gostava de brincar com bonecas, pular corda, jogar queimada, tomar banho no rio, brincar de teatrinho, recitar poesias e ler muitas histórias . Quando cresci, cursei teologia, psicologia e filosofia. Gosto de fotografia e de fotografar, de pintura e de pintar, de ler e de escrever, de estudar e de dar aulas. Adoro fazer esse blog pois além de brincar com o fantástico mundo das palavras, posso conhecer pessoas lindas como você. Um grande abraço ! Com carinho,
Assine esse blog !
NOSSOS CANTINHOS PREFERIDOS !
FALA POETA !
Aqui sempre haverá poesia para você
ERA UMA
VEZ...
A hora da história ! CAIXINHA DAS
PALAVRAS
Uma caixinha para guardar e explicar palavras difíceis ou especiais
MUITO PRAZER,
POETA!
Nesse espaço você vai conhecer poetas e escritores