16 novembro 2008

O velhinho que virou criança

A querida Madalena Barranco no seu blog FLOR DE MORANGO acabou de postar uma resenha do livro "O VELHINHO QUE VIROU CRIANÇA" .
A resenha é apresentada por Magalena, uma das criaturas fantásticas criadas por Madalena.
Adorei a resenha e acho que vocês também vão gostar:
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“O velhinho que virou criança” – resenha de livro infantil sobre Mário Quintana

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Autor do livro: Antonio Hohlfeldt
Mercuryo Jovem - publicado em 2006
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Magalena: este livro escrito por Antonio Hohlfeldt em 2006 tem como objetivo comemorar o que teria sido o centenário de nascimento do poeta e escritor de Rio Grande do Sul, Mário Quintana, em julho do referido ano. Ao dedicar o livro aos mais jovens, o autor encontrou uma forma de divulgá-lo à geração que não o conheceu e de homenagear aquele que sempre cultivou com ternura a criança interior. Mário Quintana – o Quintana – assim como era conhecido, deixou-nos poemas de fazer os corações revirarem os cérebros para o céu, somente para ouvi-lo dizer coisas iluminadas como: “A nossa vida nunca chega ao fim”, ou então, “Mas felizes, felizes esses peixinhos de aquário: pensam que o seu universo é infinito”.
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Magalena: o autor conheceu Mário Quintana na redação do jornal em que ambos trabalhavam, e como amigos conversavam muito e iam ao cinema. Quintana nunca se casou e passou a maior parte de sua vida morando em hotéis, talvez, segundo o autor, porque fosse atrapalhado e esquecido demais. Aí, Quintana foi ficando velhinho e parecido com seu poema “Como se fosse o primeiro passarinho do mundo / Na primeira manhã do mundo, / Voa e revoa (...)”. Ou seja, ele voltou a ser o que sempre fora: uma criança grande, que até hoje encanta o leitor com suas palavras de ternura viva e original. Ele teve uma infância tranqüila, talvez não tanto como ele tivesse gostado, porque se achava um menino que crescera dentro de um aquário por trás das janelas de casa, que estudava à luz dos lampiões à noite e não gostava da matemática da raiz quadrada – Quintana preferia as raízes aromáticas dos vegetais... Seu poema inicial foi para a primeira namorada e com o passar dos anos, sua poesia continuou falando de algo que ele adorava: grilos, borboletas, cachorros e estrelas. Mário Quintana foi poeta, escritor, jornalista, tradutor e acima de tudo, eterna criança!
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Observações do Gnomo Azul (fã do Mário Quintana): é emocionante conhecer Mário – o Quintana – e “ouvi-lo” falar diretamente à única parte de nosso ser que temos a opção de manter jovem ou não: nosso coração. O poeta diz que o anjo da reencarnação lhe perguntou antes de nascer o que ele queria ser na Terra, e ele escolheu ser “um polígono regular estrelado” em vez de um poliedro tridimensional, porque Quintana apenas queria existir “na face do papel... e não propriamente na face da Terra.”
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Bruxauva: bah, e eu que tenho mais de mil anos e ainda não virei criança... Sou melhor do que Mário Quintana porque eu sempre permaneci criança! Já sei que a essa altura vocês devem pensar que não fui uma criança muito comum... E vocês têm razão: eu sempre cacei sapos, fiz malcriações e colecionei aranhas em jardins abertos (jamais em potes de vidro, porque sou bruxológica pela ecologia e pela vida dos meus amados insetos), entre outras coisas que não revelo nem sob tortura... Foi numa tarde cor de chumbo que eu conheci o mago Laranjada, o veterinário que me ajudou a consertar com palitos de dentes a pata quebrada de uma aranha caranguejeira; depois, de mãos dadas fomos caçar sapos rechonchudos para um jantar romântico...
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Madalena Barranco

Um comentário:

Madalena Barranco disse...

Ah, queridíssima Leonor, fiquei muito feliz porque você gostou de minha resenha. Muito obrigada por publicá-la em um de seus lindos blogs.

Beijos, com carinho, meus e da turminha das criaturas fantásticas do Flor de Morango.